top of page
Assessoria em Arte, Educação e Cultura

Relatos de Trabalho com Arte Educação Popular: Oficinas

        O CURSO DE VERÃO é um programa de formação popular no campo sócio-político-cultural a partir da realidade e seus desafios. Promovido pelo Centro Ecumênico de Educação e Evangelização Popular – CESEEP desde 1988, o curso é um espaço de convivência, partilha de vida, troca de experiências, celebração e compromisso. Acolhe participantes, em especial jovens, empenhados na busca da compreensão e respeito entre homens e mulheres de toda a família humana, no esforço para transformar as pessoas e a sociedade, na linha da justiça, solidariedade e preservação do meio ambiente.


     Para melhor aproveitamento do tempo, o curso utiliza-se por uma metodologia para a organização do curso distribuindo palestras de assessores numa parte da manhã e na outra e à tarde os participantes se reúnem em salas diferentes no prédio da PUC e aprofundam o tema apresentado confrontando-o com sua realidade e contexto sociocultural em oficinas de habilidades e artes previamente escolhida pelos participantes. Dentre essas oficinas encontra-se a de Arte Educação Popular
 

       O Tema do Curso varia de ano em ano, mas a oficina é constante. Portanto, utiliza-se a Arte Educação Popular como metodologia e como estratégia, como elemento de conscientização e, principalmente, como sensibilização do plenamente humano no cruzamento com o tema de estudo.
 

         Essa oficina é coordenada por quatro participantes, sendo que às vezes, as pessoas envolvidas no projeto mudam, de acordo com a demanda, e o número de coordenadores também pode mudar. São participantes de diferentes lugares, e diferentes realidades, são agentes comunitários, lideranças comunitárias, conselheiros tutelares, empreendedores sociais, educadores, tanto sociais como escolares, gente com formação superior ou lideres de comunidades pequenas que são analfabetos ou tem pouco estudo (ensino fundamental incompleto). Outra característica marcante do curso, e da oficina, por consequência, é que há sempre um estimulo para a participação de pessoas com diferentes culturas, diferentes realidades étnico-culturais: quilombolas, Africanos, Indígenas, etc. Isso nos mostra que o perfil dos participantes varia muito, e são muito diferentes, mas todos eles trabalham em projetos sociais, isto é, participam de alguma coisa que envolve o trabalho social, com publico em vulnerabilidade socioeconômica.
 

       O numero de participantes na oficina pode variar, geralmente, contamos com no máximo 20 participantes, mas já trabalhamos com 15 e já trabalhamos com 30 participantes (sendo que com o numero grande de participantes, dificulta bastante o trabalho). As idades variavam muito, pois tinha jovens de 14 anos (que mesmo sendo novos, já trabalhavam com projetos sociais), adultos com mais de 40 anos, chegando até aqueles da idade da Sabedoria, na faixa dos 80 anos de idade. Eles participam na mesma oficina, ou seja, na mesma oficina e espaço de trabalho se encontram jovens de 14 anos e adultos de 83. Essa diversidade de idades se torna um desafio no trabalho da oficina, mas é ao mesmo tempo uma riqueza geracional de aprendizagem.
 

         A oficina acontece de manhã e a tarde, com duas horas de duração de manhã e duas horas e meia à tarde, durante oito dias de curso. Nesses oito dias, separamos o primeiro para apresentação, conhecimento do outro e integração grupal, e o último para avaliação. Depois os seis dias restantes, dividimos o conteúdo do curso, e construímos cada vivencia, e cada linguagem artística que iremos abordar no curso.
 

     Ressaltamos que a oficina não compreende o todo do curso e por isso ela se submete às questões de local, horário, tema, subtemas, geralmente da demanda do curso. Assim, os cursistas que vem são motivados pelo tema e pela organização que o próprio curso propõe. Não é nossa proposta, nessas oficinas, formar arte educadores populares como profissionais, mas permitir aos mesmos que vivenciem, durante uma semana, a possibilidade de olhar o mundo e as pessoas através da arte entendida como expressão natural do corpo e da mente ou mesmo abertura espiritual para o mundo proporcionando aos participantes uma nova visão da arte desmistificando o conceito tradicional e construído pelas elites a cerca da arte e revelando que todo conhecimento é em si mesmo a grande arte de viver a despeito das produções midiáticas que insistem em afirmar o contrário.

    © 2017 por Paulo Inácio Coelho - Assessoria em Educação, Arte e Cultura. Orgulhosamente criado por Wix.com

    bottom of page